Após
um desempenho extraordinário nas eleições municipais, o governador do Estado de
São Paulo, Geraldo Alkcmin, torna-se um alvo móvel para os senadores tucanos
José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Ambos tentam um novo round na disputa pela
Presidência da República. Cada um deles foi derrotado, em eleições passadas,
por Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.
Neves
e Serra jantaram juntos, na última quinta-feira, em um restaurante da capital
paulista. O encontro foi registrado por um dos diários conservadores
paulistanos: “Adversários dentro do PSDB pela indicação para disputar a Presidência
da República de 2018, o ministro das Relações Exteriores, José Serra (SP), e o
presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), sentaram-se na
quinta-feira, 3, à mesa para um jantar em São Paulo. Os dois nomes lideram
correntes divergentes dentro do partido”.
“O
encontro, tratado como ‘normal’ por integrantes da cúpula do partido, ocorreu
em meio às especulações de uma parceria entre os dois”, acrescenta a nota. O
objetivo seria barrar as movimentações de Alckmin, também cotado para disputar
a Presidência da República pelo PSDB, em 2018.
Na Câmara
Geraldo
Alckmin, diferentemente dos correligionários, conta com o apoio do PSB na
corrida interna do PSDB. Sob a coordenação do vice-governador, Márcio Freitas,
o PSB fez bonito nas eleições tanto em São Paulo tanto quanto em Pernambuco. No
Estado paulista, o avanço de Alckmin sobre os redutos petistas têm o dedo de
França.
A
foz natural da disputa entre os tucanos paulistas e mineiros é o Planalto
Central. Ali, parlamentares tucanos decidiram lançar, na próxima quarta-feira,
um nome ligado ao governador Geraldo Alckmin para a disputa pela liderança da
legenda na Câmara. Alckmin e o senador Aécio Neves (MG) medem forças
internamente tendo como horizonte a eleição presidencial de 2018. Até o início
de 2017, a briga será pelo controle de cargos estratégicos no Congresso e o
comando da legenda.
Bancada dos tucanos
Apesar
de o PSDB sair vitorioso das eleições municipais, Neves amargou sua pior
derrota em Belo Horizonte. Seu candidato, João Leite, perdeu para Alexandre
Kalil (PHS). Enquanto isso, Alckmin lacrou uma vitória sem precedentes, na
capital paulista, com o empresário João Doria (PSDB), logo no primeiro turno.
Consolidou, assim, a supremacia sobre os adversários para 2018. A escolha do
líder na Câmara, que ocorrerá na primeira semana de dezembro, é estratégica na
escolha do futuro candidato ao Palácio do Planalto. Os adeptos de Alckmin somam
14 entre 50 deputados federais.
Domingo,
06 de novembro, 2016
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