"NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE O VOTO É OBRIGATÓRIO"

Se ainda não é, seja nosso novo seguidor

Amigos SP

10 de dezembro de 2014

DEPUTADA NILDA GONDIM RECEBEU PRÊMIO QUE HOMENAGEIA PEDRO GONDIM NA CÂMARA DOS DEPUTADOS



Em clima de emoção, reconhecimento e gratidão, a deputada federal Nilda Gondim (PMDB-PB) e o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), receberam na manhã desta terça-feira (09), o Prêmio Transparência e Fiscalização Pública, que homenageou o ex-governador da Paraíba Prêmio Pedro Moreno Gondim.

O prêmio, foi entregue pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e à Associação das Pioneiras Sociais – Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. A Sessão Solene para entrega da comenda aconteceu no Plenário Ulysses Guimarães, da Câmara dos Deputados.

A deputada Nilda Gondim, filha de Pedro Gondim, também se emocionou, ao receber a comenda. “Eu e Vitalzinho também recebemos o Prêmio Pedro Moreno Gondim por representarmos, como familiares, o nosso amado patrono, o ex-governador da Paraíba” postou no twitter emocionada Nilda Gondim.

Em outra postagem, a deputada destacou a honra de entregar o prêmio a Presidente da Rede Sarah de Hospitais e Reabilitação. “Eu e o Senador Vital do Rêgo tivemos a honra de entregar o Prêmio Pedro Moreno Gondim à Presidente da Rede Sarah de Hospitais e Reabilitação, Dra.Lúcia Willadino Braga” postou.

O Prêmio Transparência e Fiscalização Pública é concedido anualmente pela Mesa Diretora e pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados e engloba as Categorias “Sociedade Civil” e “Governamental”. Neste ano, na Categoria Sociedade Civil, a Associação das Pioneiras Sociais – Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação será agraciada com o Prêmio Pedro Gondim. Já na Categoria Governamental o Prêmio Itamar Franco será entregue ao Tribunal de Contas da Paraíba.

A Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação foi escolhida entre duas indicações, sendo a segunda indicada a Associação Contas Abertas. Já o TCE-PB foi escolhido numa lista de seis indicações que incluiu, além da Corte de Contas paraibana, a Controladoria-Geral da União, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, a Prefeitura da Cidade de Recife/PE, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul e Valmir Campelo (ex-ministro do Tribunal de Contas da União e atual vice-presidente de Governo do Banco do Brasil).

   
Postado pela Redação

Quarta-feira, 10 de dezembro, 2014

DEPUTADA JOSI NUNES: “REFORMA POLÍTICA NÃO É SALVAÇÃO PARA TODOS OS NÍVEIS DE CORRUPÇÃO”


Para a deputada estadual Josi Nunes (PMDB), que agora vai assumir uma cadeira na Câmara Federal, a reforma política não pode ser feita sem ser melhor discutida com os segmentos sociais. “Eu espero que ela não seja feita de forma açodada e que achem que será a tábua de salvação para todos os níveis de corrupção no Brasil. Não é. A reforma política ter que ser feita com calma, com tranquilidade, ouvindo não somente a OAB e CNBB, mas principalmente os segmentos sociais, os representantes das minorias, para ser bem representativa. Acho que a proposta tem que melhor amadurecida”, defende a parlamentar, em entrevista exclusiva ao Jornal Opção. A questão se será realizado um plebiscito ou apenas um referendo, Josi Nunes entende que a proposta da reforma tem que, primeiro, apresentar todas as informações essenciais à comunidade, para que ela possa opinar com consciência sobre o processo. “Em 2015 temos de levar (a reforma) ao conhecimento à sociedade, para que ela tenha maturidade para participar do processo.” A deputada federal eleita se diz favorável a mexer na reeleição e na duração do mandato para os cargos Executivos. “Estamos vendo aí o alto índice de corrupção no Brasil e não temos ainda maturidade para ter reeleição. Eu entendo que a proposta deve ser o fim da reeleição, com mandato de cinco anos”, sustenta.

A sra. tem noção do impacto financeiro na folha de pagamento dos servidores estaduais, com a aprovação desse pacote de benefícios encaminhados à Assembleia Legislativa e aprovado a toque de caixa pelos parlamentares?

Na verdade, todas essas alterações geram um impacto, mas a valorização do servidor público e a qualidade dos serviços prestados é que devem ser o grande foco. O nosso foco aqui é corrigir distorções. Na categoria dos policiais militares e dos bombeiros havias policiais com mais de 20 anos de carreira que nunca tinham tido promoções e a aprovação dessas medidas vem dar um certo equilíbrio. É importante que qualquer governo do Estado possa valorizar o seu servidor, que faz a máquina administrativa funcionar. O que tem que fazer mesmo é uma grande reforma administrativa, analisar a situação de todas as categorias, criar uma situação de maior equilíbrio, não deixar uma categoria mais privilegiada que outra.
Particularmente, a sra. é favorável ao fim da reeleição?

Sou favorável sim, com o mandato passando de quatro para cinco anos. É bom ressaltar que na época em que o então presidente Fer­nando Henrique fez essa proposta da reeleição, a única deputada tocantinense contra a reeleição foi Dolores Nunes, minha mãe. Es­tamos vendo aí o alto índice de corrupção no Brasil e não temos ainda maturidade para ter reeleição. Eu entendo que a proposta deve ser o fim da reeleição, com mandato de cinco anos.

Outro aspecto que deve ser ponderado na reforma política é o voto de legenda.

Isso também deve ser bem discutido. Ou se continua com a votação proporcional como é agora ou se continua com o voto majoritário, prevalecendo a eleição dos candidatos que obtiverem mais votos. A gente nota observa que existem algumas injustiças. Por exemplo, quando o Eneias foi eleito a deputado federal, ele levou, se não me engano, mais três candidatos, devido a sua alta votação. Na época, teve candidato que foi eleito com 200 votos. Essas distorções têm que ser corrigidas. Qualquer modelo que seja adotado, tem que ser aperfeiçoado.

Quem poderá assumir o partido?

Temos que fazer uma grande discussão. Há muitos nomes em condições de assumir o partido. Temos que chegar a um consenso para que o partido possa estar apaziguado e evitar as eventuais e possíveis dissensões. É fundamental que o partido pare com essas brigas internas, para estar fortalecido para as eleições vindouras. Enquanto o partido não for respeitado, essas brigas existirão. O PMDB briga para que os seus princípios sejam respeitados. Sempre foi assim, porque o PMDB é de­mo­crático. Não adianta vir para o PMDB achando que vai mandar. O nosso partido, como o próprio nome diz, é democrático e como tal, tem que respeitar as divergências e construir um caminho para si.

Apesar das tentativas de golpes e casuísmos?

Apesar disso tudo, tem sobrevivido sim, graças à resistência de lideranças importantes. O PMDB precisa de um líder em seu comando que tenha flexibilidade, que seja um bom articulista e contemporizador, com equilíbrio, capaz de transitar em todas as áreas. O importante é não ter vaidade para presidir o partido.

 (Fonte: Jornal Opção)
Postado pela  Redação

Quarta-feira, 10 de dezembro, 2014

MULHERES DO PMDB CATARINENSE COMEMORAM 2014


O PMDB Mulher de Içara fechou o ano com uma confraternização na noite de segunda-feira, dia 8. O evento na comunidade de Segunda Linha foi também uma comemoração pelas conquistas nas eleições de outubro. “Alcançamos todas as metas e fortalecemos ainda mais o segmento feminino mais forte da região”, coloca a presidente Vanusa Fernandes.

Com sua sensibilidade e determinação, a mulher tem se destacado em toda e qualquer atividade que desempenha, seja na vida pessoal, profissional e até mesmo partidária. O PMDB Mulher de Içara é exemplo”, enaltece o presidente da sigla, Gentil Dory da Luz. O encontro recebeu ainda a deputada estadual Ada De Luca e o prefeito interino Laudelino Calegari.

Postado pela  Redação

Quarta-feira, 10 de dezembro, 2014

26 de novembro de 2014

MENSAGEM


Que 2015 seja melhor que 2014 para todos, com fé em Deus chegaremos lá.

Por: Socorro Pires.

Quarta-feira, 26 de novembro, 2014.

QUEM FICA SENTADO NA ZONA DE CONFORTO, TEM EXATAMENTE O QUE MERECE!

Oi Gente!! Estava aqui pensando nas mudanças pelas quais passamos no decorrer da nossa vida e em como elas podem nos afetar positiva ou negativamente, dependendo apenas da nossa postura.

Andei relendo muitos arquivos antigos aqui no blog, lá daquela época em que eu vinha aqui compartilhar com vocês minhas tentativas frustradas de emagrecer!

Por um tempo fiquei com pena de mim, relendo todas as situações constrangedoras e humilhantes que vivi quando era obesa. Em algumas postagens cheguei à chorar e nem conseguia acreditar que me sujeitei à tantas coisas degradantes e além disso ainda tive coragem de me expor aqui, relatando em detalhes momentos tão íntimos!

À medida que ia lendo ia caindo na real....

Que pena o quê?

Eu estava apenas colhendo os frutos da minha covardia!

Acho que no fundo, essa autopiedade, durante muito tempo me fez ficar tranquila na zona de conforto.

Quem não gosta de ser o centro das atenções? Eu hoje em dia adoro!!

 Porém hoje em dia gosto de chamar atenção por bons feitos, por atitudes admiráveis e não por estar no fundo do poço, deprimida e digna da dó alheia!

A obesidade é uma doença e precisa de tratamento. Acontece que por não ser vista assim, fica muito complicado até mesmo para buscarmos essa ajuda.

Outro fator agravante, é que ela não é uma doença apenas física, logo precisa de tratamento multifatorial, o que muitas vezes é negligenciado.

Enfim, onde quero chegar com todo esse rodeio?

Bem simples!

Enquanto você ficar olhando para si mesmo com pena e se sentindo a pior pessoa da terra, enquanto se sentir o coitadinho que é injustiçado a todo momento, é exatamente isso que será!

Foi assim comigo!

Não tenha dúvidas de que será assim com você.

Eu decidi operar o estômago para resolver o problema e deu muito certo!
Você não precisa fazer o mesmo!

Pode optar por algo menos radical, mas vou logo avisando que seja qual for a decisão que tomar, precisará se dedicar totalmente à ela, ou então, certamente fracassará!

Nada na vida acontece por acaso ou é lindamente fácil!

Isso é apenas conto de fadas, mas estamos na vida real e aqui as coisas são um pouco mais sérias e complexas!!

A boa notícia é que se você fizer a sua parte, exatamente como deve ser feita, colherá bons frutos!

Hoje eu tenho a vida que sempre quis ter!!

Aí você imagina assim....

" A Lu hoje não tem problemas, anda cheia de dinheiro, tudo é fácil pra ela e não tem mesmo do que reclamar!"

Engana-se quem pensa dessa forma!!

Tenho um milhão de problemas como todos, alguns mais graves, outros menos, mas são problemas!!

Não vivo cheia de dinheiro! Pelo contrário! Ando é cheia de contas pra pagar e trabalho duro pra conseguir manter tudo em dia!
E nada é assim tão fácil pra mim! Pelo menos não é mais fácil do que para as outras pessoas! Afinal, não sou melhor, nem pior que ninguém!
O que acontece é que eu escolhi ser a autora da minha própria vida, ao invés de deixar que a

vivam por mim!

Já me viram por aí, em redes sociais reclamando ou me lamentando das mazelas da vida?
Não, né? Nem verão!!

Problemas meus são problemas meus e esta exposição desnecessária, passa longe de ser o que eu quero!

Sabe gente... Todo mundo diz querer poder escrever sua própria história, mas enquanto você entregar a caneta para que outros a escrevam, continuará sendo escravo das opiniões alheias!!

Está em suas mãos mudar, quebrar a rotina, dar o seu melhor e ter nas mãos o controle da sua própria vida!!

Isso faz a diferença em todas as áreas!!

Ser digno de dó não é legal. Então faça a sua parte para mudar isso!!

Se você não se amar e se respeitar primeiro, ninguém mais o fará por você!!
Bjoosss

Lu Fernandes

Quarta-feira, 26 de novembro,2014



18 de novembro de 2014

ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS: O QUE O PREFEITO PODE FAZER?


Enquanto alunos das escolas privadas são alfabetizados aos seis anos de idade, a maioria dos alunos da rede pública nem sequer é alfabetizada pela escola - a criança aprende a ler por um processo de ensaio e erro e carrega dificuldades de leitura para o resto da vida

Este é o terceiro de uma série de dez artigos a respeito de medidas eficazes que o prefeito pode implementar a curto prazo, com poucos recursos, como estratégia de iniciar um processo de mudança. Nenhuma dessas medidas, isoladamente ou mesmo em conjunto, assegura a formação de uma rede de ensino de alta qualidade. Mas todas elas constituem ações relevantes em si mesmo, e que, se bem implementadas, podem servir de campo de aprendizagem e de capital político para implementar reformas mais profundas.

Alunos que não sabem ler ainda constituem um problema crônico em todo o país: vivemos o fenômeno do analfabetismo escolar. O prefeito pode escolher entre dois ângulos de ataque do problema: alfabetização dos alunos no 1º ano – que é a série escolar certa para alfabetizar, ou alfabetização dos alunos do 2º, 3º, 4º e 5º anos que não foram alfabetizados – as vítimas do analfabetismo escolar.

No Brasil, todo mundo – inclusive prefeitos -  sabem que: (1) nas escolas privadas as crianças são alfabetizadas aos seis anos de idade. Os filhos dos prefeitos geralmente estudam nessas escolas; (2) nas escolas públicas não existe norma – cada rede de ensino faz do seu jeito; (3) a maioria dos alunos da rede pública não é alfabetizada pela escola: a criança aprende a ler por um processo de ensaio e erro, e carrega dificuldades de leitura para o resto da vida.

Os dados disponíveis no Brasil mostram que não existe uma política e um processo eficaz de alfabetização na maioria das redes de ensino. Se o aluno não foi alfabetizado no 1º ou 2º ano (séries em que supostamente há um professor alfabetizador), é pouco provável que ele tenha um professor no 3º ano que o alfabetize.

No entanto, o fato do aluno não ser capaz de ler não impede que o aluno chegue ao 5º ano. Isso sugere que as políticas de aprovar ou reprovar são muito arbitrárias.

O que um prefeito pode fazer para rever essa situação? Eis algumas ideias específicas.

Primeiro: o prefeito precisa saber onde está pisando. Se no seu município tem um programa de ensino, e se o programa de ensino foi bem feito, o programa deve dizer que o aluno deve ser alfabetizado no 1º ano. Portanto, o problema é ter e fazer cumprir o programa de ensino.  

Segundo: se o município não tem programa de ensino, o prefeito precisa tomar partido, o partido do aluno. A tônica deve ser “matricule seu filho na escola pública, eu garanto que no final do ano ele vai saber ler e escrever”. Isso é tudo que os pais esperam da escola – pelo menos para início de conversa. 

Se as escolas particulares em todo o país – seja qual for o nível socioeconômico do aluno – alfabetizam as crianças no 1º ano, não há razão para que seja diferente na escola pública. Portanto, com base no seu mandato, mesmo que a Secretaria de Educação não tenha feito o seu “dever de casa”, o prefeito deve garantir aos pais que seus filhos serão alfabetizados. Caberá à Secretaria encontrar as soluções.  E qualquer solução começa no princípio: no programa de ensino.

Terceiro: o Prefeito pode ajudar a Secretaria a encontrar soluções, sugerindo critérios, como, por exemplo, perguntar aos professores do 2º ano o que os alunos precisam saber de leitura e escrita para dar conta do programa do 2º ano. Ou verificar como fazem os municípios e as escolas que alfabetizam os alunos no 1º ano: métodos, materiais, estratégias, etc. Existem algumas poucas centenas de casos de sucesso no Brasil. O suficiente para comprovar que isso é possível.

Também é importante verificar o que dizem as evidências científicas a respeito do assunto. No Brasil, por exemplo, há um relatório da Academia Brasileira de Ciências (ABC) que trata do assunto. 

Quarto: com base nessa análise, propor uma solução para o município. A solução deve ser fundamentada em evidências e incluir os mecanismos para avaliar os resultados. 

Nota de advertência: a questão da alfabetização no Brasil tornou-se objeto de lutas pedagógicas infrutíferas. Qualquer cidadão sabe dizer se seu filho foi alfabetizado ou não. Mas quando o assunto vem para a esfera dos educadores brasileiros, instaura-se uma discussão sem fim Os resultados disso são desastrosos. No Brasil, o governo federal trouxe a si o problema, mas se mostrou incapaz de dar uma definição adequada do que seja alfabetizar, não consegue propor um programa de ensino e continua tergiversando a respeito da idade certa: ora diz que a idade é 6 anos, ora que é 7, ora que é até 8, demonstrando total incompetência no trato da questão. O PNAIC – Programa de Alfabetização na Idade Certa - é a crônica de um fracasso anunciado: com base em definições imprecisas, ele usa estratégias inadequadas e delegou às universidades, cujos professores não têm qualquer experiência em alfabetizar crianças – a tarefa de formar professores alfabetizadores. Para viabilizar politicamente o seu programa criou o bolsa-alfabetização. Não se conhecem quaisquer resultados desse programa, apenas os seus elevados custos.

Portanto, se o Prefeito quiser avançar, ele precisa fazer diferente do que vem acontecendo. E precisa fazer de forma acertada, e não apenas fazer diferente. As soluções existem, são conhecidas, há exemplos a partir dos quais se podem aprender. Para avançar é preciso que o Prefeito tenha coragem e dedicação, e escolha um Secretário consciente de que para melhorar é preciso mudar.

João Batista Araújo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa Beto.

Terça-feira, 18 de outubro, 2014.


11 de novembro de 2014

PMDB DEVE ANTECIPAR MUDANÇA EM DIRETÓRIOS

Tema foi abordado ontem em reunião da executiva. Expulsão dos infiéis fica para Comissão de Ética

O PMDB deve antecipar para o início do próximo ano a eleição para o diretório estadual. A decisão foi tomada ontem(10) em reunião da direção do partido, que contou com a presença de todos os membros da executiva e que deveria deliberar sobre a expulsão de rebeldes da legenda. Segundo o presidente regional da sigla, deputado Samuel Belchior, a eleição da nova direção deve ocorrer até fevereiro de 2015. Na sequência, os diretórios municipais também devem ser renovados. De acordo com o presidente, a intenção é dar novo fôlego ao partido para as eleições municipais, cujas disputas devem ocorrer em todos as 246 cidades do Estado, e, consequentemente, fortalecer a legenda para o pleito de 2018.

As eleições dos diretórios estavam marcadas para dezembro, mas a Executiva Nacional do PMDB decidiu prorrogar os mandatos dos diretórios nacional, estaduais e municipais do partido até o próximo ano. Ofício circular assinado pelo presidente nacional, Michel Temer, foi encaminhado às representações peemedebistas de todo o País, dando conta da decisão, justificada pelo andamento do processo eleitoral e a proximidade das datas entre o pleito e as eleições dos diretórios. Pelo documento, os mandatos dos presidentes municipais poderiam ser estendidos até 31 de agosto de 2015, e os dos presidentes regionais, até 31 de outubro.

Ao deixar a reunião de ontem, que durou cerca de três horas, Samuel agradeceu a oportunidade de ficar mais tempo na direção do partido, mas disse que a renovação é necessária e que deve começar a planejar, de imediato, o chamamento dos membros do partido para as convenções. Segundo ele, ainda não há candidatos declarados ao cargo. “Mas eu tenho certeza que, num partido do tamanho do PMDB, não vai faltar candidatos”, afirmou. Segundo todos os participantes do encontro, a renovação dos diretórios foi o tema central da reunião, que teria tratado superficialmente da expulsão dos membros infiéis, que declararam apoio ao governador Marconi Perillo (PSDB) no pleito de outubro.

Expulsões serão analisadas por comissão de ética

A expulsão de membros do PMDB que teriam sido infiéis às deliberações da sigla durante as eleições estaduais foi, segundo os presentes, tema secundário no encontro ocorrido ontem. A questão tem sido tema de divergência dentro da legenda, dividida entre o grupo que apoia a expulsão sumária e o grupo que defende diálogo e reconciliação. Na turma dos que defendem a expulsão, o deputado estadual Luis Carlos do Carmo chegou ao encontro pregando a fidelidade dos companheiros e a reorganização do partido. Com discurso mais duro, o deputado estadual eleito José Nelto comparou os infiéis a Judas (Iscariotes, personagem bíblico). “Ninguém perdoa traição”, pontuou.

Daniel Vilela, Leandro Vilela e Pedro Chaves defenderam o diálogo e julgaram que a expulsão pode contribuir para o enfraquecimento da legenda. “Muitos já vinham expondo seu posicionamento antes do processo eleitoral”, considerou Leandro, sobre membros do partido que foram contrários ao lançamento de Iris Rezende para a disputa. Deputado federal eleito, Daniel Vilela disse que a debandada de integrantes não foi responsável pela derrota do partido nas urnas. Para ele, a sigla deve trabalhar para recuperar os membros infiéis e adotar linha programática de apresentação de projetos de políticas públicas. “Quem quer retomar projeto de vitória não pode pensar em caça às bruxas”, disse.

Ao deixarem a reunião, os membros da executiva e os deputados eleitos confirmaram que a questão sobre o expurgo dos infiéis será analisada pela comissão de ética do partido. Segundo José Nelto, no entanto, a sinalização é que a expulsão se confirme. Embora o tema tenha sido tratado de maneira cautelosa na saída da reunião, durante o encontro o que se ouviu do lado de fora foram exposições exaltadas. “O que houve lá dentro foi uma verdadeira lavagem de roupa suja”, confessou um dos participantes. Questionado sobre os gritos ouvidos do lado de fora da sala de reuniões, Nelto disse ser normal o confronto de ideias. “Em política tem choro e grito mesmo”, disse.

A deputada federal Iris Araújo, que não conseguiu se reeleger nas últimas eleições, saiu da reunião sem comentar as deliberações da executiva, mas confessou ter pedido o desligamento do cargo. Ela deixou o local cerca de uma hora antes do fim do encontro partidário. (F.G.)

Terça-feira, 11 de outubro, 2014