Passou
a circular com maior frequência em rodas de políticos e conversas do poder a
ideia de asilo diplomático do hepta réu Lula da Silva. Uma alternativa,
digamos, tanto crível de ocorrer como amplamente apoiada por cabeças coroadas
da base petista. O próprio Lula nega. Tratou de dissuadir de imediato as
especulações a respeito alegando questão de princípios. “A palavra fugir não
existe na minha vida”, disse. Seria decerto uma surpresa qualquer pretenso
foragido assumir antecipadamente que planeja o intento. Afinal, o êxito de uma
operação dessa natureza depende diretamente do sigilo. Lula buscar abrigo em
algumas das embaixadas ou mesmo nos países que lhe são ideologicamente
simpáticos e que já manifestaram claro apoio a sua causa não é, de fato, algo a
ser descartado. Ao contrário. A intenção já foi por vezes ventilada e
abertamente manifestada por aliados. Intramuros do Partido há quem diga que
essa passou a ser a única opção que resta. Lula viu apertar o cerco da Justiça
em torno dele. Sabe que novas condenações, ainda mais robustas, estão a
caminho. Não encontrou, como imaginava, uma resposta ruidosa das ruas a seu
favor. Está aos poucos caindo em si. Revoltado e ao mesmo tempo irascível,
disparando palavrões a torto e a direito, tem dado sinais de que não aceita o
sombrio destino que os tribunais lhe reservam. Segundo interlocutores, a
experiência passada na cadeia décadas atrás deixaram nele marcas profundas e um
temor de passar novamente pela mesma experiência. (IstoE)
Segunda-feira,
12 de fevereiro, 2018 ás 11 hs00
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