O
deputado federal reeleito Luciano Bivar (PSL-PE) foi reconduzido a mais um
mandato como presidente do Partido Social Liberal (PSL) na sexta-feira (16). Um
membro de longa data do partido, Antônio de Rueda, seguirá como vice. Demais
cargos serão ocupados por filhos e aliados que vieram com a filiação de
Bolsonaro.
Considerado
dono da sigla, ele fundou o partido em 1994 e o tem presidido a maior parte do
tempo desde então. Licenciou-se em 2018, durante a campanha eleitoral de Jair
Bolsonaro, quando deu lugar a Gustavo Bebianno, braço direito do futuro
presidente.
De
volta à presidência do seu partido, Luciano Bivar chegou a sugerir disputar a
Presidência da Câmara à agência Reuters em outubro. Foi dissuadido da ideia por
Jair Bolsonaro, que negocia interlocução com Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Antônio
de Rueda é ex-presidente do PSL e membro de longa data da sigla. Já foi
simpático ao Livres, movimento liberal (na economia e nos costumes, como disse
em artigo publicado pela Folha em 2017) dentro do partido que foi eclipsado
pela filiação de Jair Bolsonaro. Foram-se os Livres, Rueda segue agora como
vice de Bivar.
Junto
aos veteranos chegam os novatos trazidos pelo presidente eleito. Flávia
Francischini, nova secretária-geral do partido é esposa do deputado federal
Fernando Francischini (PSL-PR), apoiador incondicional de Bolsonaro, que
comemorou em seu site sua também recondução ao cargo de presidente do PSL no
Paraná. “O partido sai da condição de nanico para assumir o papel de gigante no
Congresso Nacional”, disse.
Respectivamente
presidente e ex-presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Bebianno agora
assumirá o cargo de 2º vice-presidente e Lemos, o de 1º vice-presidente.
Os
filhos de Bolsonaro também assumem cargo na equipe. Flávio Bolsonaro será
secretário de Formação Política e Eduardo Bolsonaro, secretário de assuntos
parlamentares.
A
nova Executiva vai administrar uma realidade inédita para o partido. Nas
eleições de 2014, o PSL tinha apenas um deputado federal eleito (José Maria
Macedo Junior, o Macedo, representante do Ceará, que mais tarde migrou para o
PP). Em 2018, se valendo do nome forte de Bolsonaro, a bancada emplacou 52
parlamentares.
É
a segunda maior bancada da Câmara, perdendo apenas para o PT, que elegeu 56
deputados. Como o PSL acumulou mais votos válidos que o Partido dos
Trabalhadores, receberão a maior fatia do fundo partidário em 2019 (os valores
ainda não estão previstos).
Principal
responsável pelo crescimento do partido, Jair Bolsonaro foi o segundo candidato
à presidência pelo PSL. Em 2006, Luciano Bivar também havia se lançado à
corrida eleitoral.
Terminou
a disputa em 7º lugar, com 62.064 votos. Para comparação, naquele ano, Lula
(PT) recebeu 46,7 milhões de votos no 1º turno; levou a eleição no 2º, quando
disputou com Geraldo Alckmin (PSDB) e ganhou 58,3 milhões de votos (60% dos
válidos).
O
gosto por presidir de Luciano Bivar, contudo, ultrapassa a política e chega ao
futebol. Bivar coleciona mandatos como presidente do Sport Clube Recife, do
qual foi presidente por cerca de 10 anos. (FolhaPress)
Sábado,
17 de novembro, 2018 ás 17:00
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