A
sessão convocada para discutir o projeto Escola sem Partido foi retomada há
pouco na Câmara dos Deputados. A sessão começou na manhã de terça-feira (13/11)
e foi suspensa por volta das 12h50 devido ao início da ordem do dia no plenário
da Casa. Tumulto de manifestantes e discussão entre parlamentares impediram a
leitura do substitutivo do deputado federal Flavinho (PSC-SP).
O
projeto é uma das principais bandeiras para a educação do presidente eleito
Jair Bolsonaro. Caso o substitutivo seja aprovado na comissão e não haja pedido
para que o projeto seja analisado em plenário, o Escola sem Partido poderá
seguir diretamente para o Senado Federal.
A
estratégia da oposição é dificultar a leitura do texto com questões de ordem e,
caso seja lido, pedir vista. O projeto só pode ser votado após lido. Já os
favoráveis ao projeto, querem agilizar o processo e pretendem, caso haja o
pedido de vista, pedir vista conjunta. Com isso, o tempo de análise fica
restrito a duas sessões de plenário.
Escola sem Partido
O
projeto estabelece que as escolas tenham cartazes com deveres do professor,
entre os quais está a proibição de usar sua posição para cooptar alunos para
qualquer corrente política, ideológica ou partidária. Além disso, o professor
não poderá incitar os alunos a participar de manifestações e deverá indicar as
principais teorias sobre questões políticas, socioculturais e econômicas.
A
proposta inclui ainda entre os princípios do ensino o respeito às convicções do
aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem
familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral,
sexual e religiosa. Projetos de lei com conteúdo semelhantes ao do Escola sem
Partido tramitam tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.
Os
defensores dizem que professores e autores de materiais didáticos vêm se
utilizando de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos
estudantes a determinadas correntes políticas e ideológicas.
Já
os críticos dizem que as leis atuais já impedem qualquer tipo de abuso por
parte dos professores e que um projeto como o Escola sem Partido vai gerar
insegurança nas salas de aulas e perseguição aos docentes. (ABr)
Terça-feira,
13 de novembro, 2018 ás 15:00
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