A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou nesta sexta-feira, 3,
um pedido para que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal
(STF), reconsidere sua decisão de arquivar uma investigação prévia sobre a
suposta compra de sentenças judiciais por executivos da JBS.
A
investigação foi solicitada em outubro pela PGR após a revista “Veja” revelar
uma série de mensagens de celular trocadas pelo diretor jurídico do Grupo
J&F Francisco de Assis e Silva e uma advogada. Nem juízes nem ministros
participam das conversas, mas os advogados citam supostas tentativas de compra
de decisões favoráveis. Em uma das mensagens são citados processos que tramitam
no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No
pedido arquivado por Lewandowski, Dodge se posicionava favorável a uma
investigação prévia para que fosse realizada uma perícia nas mensagens com o
objetivo de apurar se o material poderia embasar um inquérito. O pedido foi
negado pelo ministro sob o argumento de que a PGR não apontou na solicitação os
indícios de autoria e materialidade dos supostos crimes praticados pelo
citados.
Na
nova tentativa de abrir a investigação, Dodge argumenta a necessidade de
instauração do procedimento prévio para que sejam alcançados os indícios da
prática criminosa. Caso o ministro autorize a abertura do inquérito, o caso
deve tramitar no STJ. Procurado pela reportagem, o grupo J&F não se
manifestou. (AE)
Sábado,
4 de novembro, 2017 ás 00hs05
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