O
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou 12
pessoas suspeitas de envolvimento no esquema descoberto pela Operação Caronte.
Todos os suspeitos da chamada ‘máfia das funerárias’ foram denunciadas por
crime de organização criminosa; alguns deles por falsa identidade, utilização
ilegal de telecomunicações, crime contra as relações de consumo, corrupção
ativa e corrupção passiva.
Os
suspeitos realizavam serviços – como sepultamento, embalsamento, cremação e
translado de corpos – captados de maneira ilegal. O grupo interceptava a
frequência de rádios da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em busca de
mortes naturais. O próximo passo dos criminosos era entrar em contato com os
familiares, se passando por servidores do Instituto Médico Legal (IML),
afirmando que o falecido passaria por necropsia.
Os
acusados ligavam ainda para os familiares informando que uma equipe da
“assistência funerária de plantão” se deslocaria para o local junto com a
equipe do IML. A partir daí, era cobrado um valor pelo procedimento dependendo
da condição financeira do falecido e dos familiares.
Um
dos grupos que realizava os crimes contava com a ajuda de dois funcionários do
Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que repassavam informações sobre óbitos
ocorridos ou que estava na iminência de ocorrer.
A
operação foi deflagrada pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Polícial
(NCAP), pela Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários da Saúde
(Pró-Vida) e pela 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), com
apoio da Corregedoria da PCDF.
Segunda-feira,
13 de novembro, 2017 ás 11hs00
Nenhum comentário:
Postar um comentário