Duas
chapas de centro-direita estão a um passo da consolidação para a corrida pelos
cargos majoritários do Distrito Federal. A coalizão formada por PSD, PPS, PSDB,
PTB, PRB e outros cinco partidos bateu o martelo, nesta terça-feira (10/04),
sobre as candidaturas ao Senado: disputarão Rogério Rosso e Cristovam Buarque.
Os candidatos do grupo ao GDF e à Vice-Governadoria serão definidos nos
próximos 30 dias, com base numa lista de critérios pré-definidos. Do outro
lado, está à frente encabeçada pelo ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR),
na qual o empresário Paulo Octávio (PP) e o deputado federal Alberto Fraga
(DEM) devem concorrer às vagas de senadores. Resta escolher o número dois da
aliança, que será indicado pelo ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB).
O
grupo de Rosso e Cristovam, que já tinha como opções ao Palácio do Buriti o
deputado federal Izalci Lucas (PSDB), o ex-distrital Alírio Neto (PTB) e o
empresário Wanderley Tavares (PRB), recebeu reforços. O PMB uniu-se à frente e
colocou à disposição o nome do líder comunitário de Ceilândia José Goudim
Carneiro, o qual trabalha na pré-candidatura há alguns meses. O PSC, por sua
vez, inseriu oficialmente no páreo Marli Rodrigues, presidente do Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde).
A
escolha entre os cinco será embasada em estudos sobre as estruturas partidárias
(tempo de tevê e nominatas, por exemplo) e numa pesquisa de opinião colocada
nas ruas para verificar quais pré-candidatos detêm os maiores índices de
intenção de votos e os menores de rejeição, além de melhor potencial de
crescimento e de competitividade em um eventual segundo turno. Outros itens
podem ser inscritos no check list até a próxima reunião, agendada para a
próxima segunda-feira, na casa de Izalci Lucas.
Escolhido
pelo grupo como um nome forte ao Senado, Rogério Rosso afirmou que ainda
buscará novas alianças para reforçar a chapa. “Fiquei muito honrado com a
indicação para concorrer à majoritária, por conta do meu trabalho com a cidade
e os servidores públicos. Agora, a ideia é agregar ainda mais lideranças e
partidos”, destacou.
O
vai e volta de Joe
Antes
cotado para participar da chapa de Rosso, Cristovam, PSDB e PTB, o presidente
da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), tem uma importante reunião nos próximos
dias para alavancar a aproximação com outra frente. Ele, que havia sido lançado
ao GDF em março, busca alinhamento com correligionários para integrar a
coalizão encabeçada por Jofran Frejat como postulante ao Senado. O assunto
seria discutido em reunião com o presidente nacional pedetista, Carlos Lupi,
amanhã. Ele, entretanto, adiou o encontro para a próxima semana.
Os
rumos do PDT, porém, podem ser outros. Resistente a uma aliança com o PSB, de
Rodrigo Rollemberg desde o desembarque da base aliada em outubro último, o
partido participou, na última segunda-feira (09), de um encontro com o chefe do
Palácio do Buriti, junto a Rede, PCdoB e PV. A conjuntura enfrenta a
resistência de pedetistas, que lembram da “falta de pertencimento” na gestão ao
longo dos últimos três anos. Os correligionários também desaprovam aliança com
o PR, de Frejat, o qual também é integrado pelo ex-governador José Roberto
Arruda.
Presidente
regional do PDT, Georges Michel descartou uma aliança entre socialistas e
pedetistas. “O governador me convidou e fui. Mas há uma decisão interna de não
nos unirmos a Rollemberg. Além disso, ainda não perdemos todas as esperanças na
candidatura de Joe”, apontou.
Novos
rumos da Rede
Enquanto
a cúpula da Rede avalia a possibilidade de voltar à base aliada de Rollemberg
ou lançar candidatura própria, membros do movimento Agora! tentam alavancar a
candidatura ao GDF de um dos fundadores do partido no DF: João Francisco Maria.
Por ora, ele postula uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas abriu as portas
para o novo projeto.
No
ano passado, a Rede lançou o distrital Chico Leite ao Executivo local. O
parlamentar, porém, prefere o Senado. O surgimento de um novo candidato ao GDF,
portanto, forçaria o partido a adotar um posicionamento mais claro sobre os
próximos passos, a seis meses das eleições.
(Correio
Brasiliense)
Sexta-feira,
13 de abril, 2018 ás 00:05
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