Ainda
durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), após o voto da ministra
Rosa Weber contra a concessão do habeas corpus a Lula, o petista disse ao grupo
de pessoas que estavam com ele, acompanhando a sessão no Supremo, que “não iam
dar o golpe para me deixarem ser candidato”.
A
frase foi interpretada como uma admissão de que estaria definitivamente fora da
disputa eleitoral deste ano, apesar do PT insistir na candidatura do
ex-presidente.“Isso foi para tentar tirar o Lula da eleição, mas podemos
registrar a candidatura dele, mesmo preso. Acredito que Lula vai ficar pouco
tempo na prisão”, afirmou o deputado estadual José Américo Dias (PT). Os
petistas tentam evitar o desânimo da militância e do eleitorado do petista.
Até
o voto de Rosa Weber, o clima era descontraído no Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC, onde cerca de 500 pessoas lotavam o salão principal. Antes da manifestação
da ministra, muitos dançavam, cantavam e faziam batucadas a cada intervalo no
Supremo. Depois, muitos foram embora, apesar dos esforços da organização em
manter os ânimos.
De
acordo com relatos, o clima também mudou na sala onde o petista acompanhava, ao
lado da ex-presidente Dilma Rousseff e outros aliados, o julgamento. A
tranquilidade que o petista procurou manter durante todo o dia foi substituído
pela tensão.
A
direção nacional do PT deve se reunir na quinta-feira (5) para discutir as
estratégias que serão tomadas daqui para frente. A cúpula do partido em São
Paulo também deve se encontrar para organizar uma manifestação na cidade. A
legenda defende que houve supostas arbitrariedades no processo que condenou o
ex-presidente e quer mostrar que o petista sofreu um julgamento político.
Quinta-feira,
5 de abril, 2018 ás 12:50
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