O
procurador regional da República, Carlos Fernando dos Santos Lima, que atua na
força-tarefa da Lava Jato, reagiu à entrevista do vice-presidente da Câmara dos
Deputados, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), ao jornal O Estado de São Paulo,
na qual o parlamentar defendeu um “prazo de validade” para a operação.
Em
mensagem publicada no Facebook nesta segunda-feira, 24, Santos Lima afirma que
‘o próximo passo do PMDB’ parece ser acabar com a investigação. No entanto, o
procurador garantiu que ‘as investigações vão continuar por todo o País’.
Santos
Lima afirmou ainda que muitos queriam fim do governo Dilma e não da corrupção.
“Acabar
com a Lava Jato. Esse parece ser o próximo passo do PMDB. Infelizmente muitas pessoas
que apoiavam a investigação só queriam o fim do governo Dilma e não o fim da
corrupção. Agora que Temer conseguiu com liberação de verbas, cargos e perdão
de dívidas ganhar apoio do Congresso, o seu partido deseja acabar com as
investigações. Mas, mesmo com todas as articulações do governo e de seus
aliados, as investigações vão continuar por todo País”, escreveu.
Na
entrevista ao Estadão, Fabio Ramalho afirmou que ‘o Brasil não vai aguentar
isso para o resto da vida’, ‘ela (Lava Jato) não pode ser indeterminada. Ela já
fez o seu trabalho”.
“Defendo
a Lava Jato, mas tem de ter prazo de término. O Brasil não vai aguentar isso o
resto da vida. Além da corrupção, tem de se avançar na desburocratização do
País, na segurança jurídica do País, nas reformas.”
Questionado
sobre qual seria o prazo para a Lava Jato terminar, o deputado declarou:
“Determina um tempo: seis meses.”
Terça-feira,
25 de julho, 2017 ás 8hs00
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