Através de nota divulgada neste
sábado (27), a defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que os
documentos e materiais apreendidos pela Polícia Federal na casa do tucano não
comprometem a atuação parlamentar do tucano. Em relatório apresentado à Justiça
na sexta-feira (26), a PF informou que encontrou um bloqueador de sinal
telefônico, uma lista de indicações para cargos federais e anotações
manuscritas, dentre elas a inscrição “cx 2”, nas operações de busca e apreensão
realizadas na semana passada na casa e no gabinete do senador.
Em comunicado divulgado pelo PSDB
e assinado pelo advogado Alberto Toron, a defesa de Aécio afirma desconhecer a
inscrição “cx2” e aguarda ter acesso ao papel para fazer a defesa. Em relação
ao aparelho de bloqueio de celulares, o advogado diz que ele foi oferecido ao
tucano em 2014, durante a campanha presidencial, mas que nunca foi usado pelo
mineiro.
“Todas as campanhas das quais
participou o senador ocorreram em absoluto respeito à legislação vigente. Por
isso, repudiamos com veemência ilações apressadas que vêm sendo feitas sobre os
citados documentos e aguardamos acesso a eles para que todos os esclarecimentos
sejam feitos e eventuais dúvidas sanadas”, diz trecho da nota.
Sobre um dos quadros apreendidos
pela PF, do pintor Portinari, a defesa de Aécio Neves disse que ele foi feito
para o presidente Tancredo Neves, em 1961, e que está na família há quase 60
anos.
Em 18 de maio, atendendo a
mandados expedidos pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), a PF realizou operações de busca e apreensão na
em imóveis de Aécio Neves em Brasília, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
Além do bloqueador de telefone,
no apartamento do senador, no Rio de Janeiro, foram apreendidos 15 obras de
arte, diversos documentos, entre os quais um papel azul com senhas, além de
diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, entre as quais
constava a inscrição “cx 2”.
No gabinete do senador, foram
apreendidas planilhas com supostos nomes de indicados para cargos federais, com
referência aos partidos que fizeram as indicações e à remuneração, além de uma
agenda com marcação de reuniões com Joesley Batista e uma folha manuscrita com
dados da empreiteira Odebrecht. Os celulares do senador também foram levados
pelos policiais.
(Com informações da Agência Brasil)
Domingo, 28 de Maio, 2017 as 13hs30
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