O vice-procurador-geral
eleitoral, Nicolao Dino, reiterou o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer ao
entregar, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as alegações finais no processo
que julga se houve abuso de poder político e econômico na campanha de reeleição
da ex-presidente cassada Dilma Rousseff e do então vice, Michel Temer, nas
eleições de 2014.
No documento, além da cassação da
chapa, Dino pede que a petista se torne inelegível por oito anos, desfazendo a
manobra dos aliados da petista de fatiar o impeachment no Senado por meio de um
destaque de plenário, em processo conduzido pelo senador Renan Calheiros
(PMDB-AL) e pelo ministro Ricardo Lewandowski, então presidentes do Senado e do
Supremo Tribunal Federal (STF), respectivamente.
Os depoimentos dos marqueteiros
João Santana e Monica Moura, com informações importantes sobre como foi
utilizado o caixa 2 na campanha, foram anexados ao caso. Na nova manifestação,
Dino aponta que os marketeiros afirmaram que Dilma sabia que parte do pagamento
pelos serviços de publicidade do casal partia de caixa dois.
“Há que se registrar que ele não
foi mencionado nos depoimentos dos executivos da Odebrecht’’, declarou Dino
sobre o presidente Michel Temer. Em nota, o Ministério Publicou afirma que é
possível concluir que a representada tinha conhecimento dos meios usados pela
Odebrecht para financiar a campanha eleitoral: "Tendo ciência dos
acontecimentos, bastava à representada coibir ou censurar a prática de tais
condutas. Omitiu-se, porém. Nada fazendo, chamou a si a responsabilidade direta
pelos fatos’’.
Antes disso, Dino havia apontado
que a campanha de 2014 foi financiada com pelo menos R$ 112 milhões de caixa
dois. Após a apresentação do primeiro parecer, o relator do caso, Herman
Benjamin, decidiu estender os prazos para a inclusão de novos depoimentos,
entre eles o do ex-ministro Guido Mantega.
O julgamento no TSE não tem data
para ser retomado, mas a expectativa é que ele seja marcado para junho.
Terça-feira, 16 de Maio, 2017 as
09hs30
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