O presidente Michel Temer
destacou segunda-feira(8/5) durante evento promovido pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), que a economia já dá sinais de melhora, com
a redução da inflação, mas ponderou que serão necessários alguns anos para
ajustar as contas públicas. “Nós conseguimos, nesse breve período, como todos
acompanharam, reduzir o fenômeno inflacionário de 10,70% para hoje 4,55%, a
indicar que logo ao final do ano estaremos em torno de 4%, portanto abaixo da
meta de 4,5%”, afirmou.
Segundo o presidente, que
destacou a importância da aprovação da PEC do teto dos gastos, os brasileiros
acostumaram-se a ouvir “bilhões e bilhões” ao se falar do déficit nas contas,
mas que é preciso salientar que “não se combate o déficit em um ou dois
exercícios financeiros”. “A nossa procura é que quem sabe daqui a dez anos em
que só se gasta aquilo que se arrecada”, afirmou. “Se olharmos hoje a situação
fiscal de muitos Estados, vemos como déficit atrapalha a vida dos
trabalhadores. Estamos superando isso com apoio do congresso nacional, sempre
com muito diálogo”, completou.
Pesquisa
Temer destacou a importância do
IBGE e disse que é por meio de pesquisas “que podemos formular políticas
eficientes e eficazes”. Temer disse ainda que “traçar diagnóstico preciso de
nossa economia há de ser a primeira tarefa que se dedica o nosso governo” e que
logo no início da sua gestão deu transparência às contas públicas, “sem
malabarismos tributáveis”.
O presidente destacou a
importância dos dados para corroborar as reformas e disse que “é fundamental
que o diálogo esteja lastreado em informações verdadeiras”. Ele disse ainda que
“ninguém esconde ou ignora dados” e que “ninguém vai falsear dados” e
aproveitou para fazer a defesa da reforma da previdência. “A população esta
vivendo mais por isso a reforma da previdência é inadiável”, disse. “Nosso
propositivo maior é o desenvolvimento com igualdade de oportunidades.”
O presidente agradeceu ainda o
fato de receber a Medalha do Mérito Político Getulio Vargas e disse que “quem
quer governar atenta e cuidadosamente há de ter pesquisas, há de ter dados”.
“Sou daqueles advogados das verbas para o IBGE afim de que possa fazer um bom
trabalho pelo Brasil”, completou.
Em seu discurso, o presidente do
IBGE, Paulo Rabello de Castro, agradeceu ao presidente e também ao ministério
do Planejamento e disse que a pasta já garantiu a possibilidade de contratação
de 26 novos recenseadores para trabalhar de outubro até fevereiro. Ao agradecer
Temer, Castro disse ainda que o último presidente da República que esteve num
evento similar do IBGE foi Getúlio Vargas há 80 anos.
Temer reconheceu a necessidade de
sair do seu gabinete e disse que “quando a gente fica muito naquela sala da
presidência você só recebe problemas”. “Aqui você recebe entusiasmo e sai com a
alma cheia de esperança”, afirmou.
Evento
O 3º Encontro Nacional de Chefes
de Agências do IBGE, que acontece nesta segunda-feira no Centro de Convenções
em Brasília, é uma reunião interna de alinhamento e preparação para o Censo
Agropecuário 2017, cobrindo temas relativos à operação censitária, logística,
tecnologia e comunicação. Segundo o órgão, a coleta do Censo Agro começa em 1º
de outubro. (AE)
Segunda-feira, 8 de Maio, 2017 as
13hs 50
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