O
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,24% no segundo trimestre ante o
primeiro trimestre do ano, estima o Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB, divulgado nesta
segunda-feira (21). O indicador antecipa a tendência do principal índice da
economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo
cálculo oficial das Contas Nacionais. "Esta taxa interrompe a trajetória
de recuperação observada no primeiro trimestre", ressaltou Claudio
Considera, coordenador do Monitor do PIB/FGV, em nota oficial.
Na
comparação com o segundo trimestre do ano anterior, o PIB do segundo trimestre
teve retração de 0,3%. O destaque foi o desempenho negativo do total da
indústria, com queda de 1,8%, influenciado, principalmente, pela retração de
7,4% da atividade de construção.
O
consumo das famílias cresceu 0,6% no segundo trimestre, na comparação com o
mesmo trimestre em 2016, a primeira variação positiva após nove trimestres
negativos consecutivos. O consumo de serviços manteve resultados negativos
(-1,0%), enquanto o consumo de bens não duráveis cresceu 0,5%, o de semiduráveis
subiu 7,3%, e o consumo de bens duráveis registrou crescimento de 3,8%.
A
Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve
retração de 5,1% no segundo trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano
anterior. O desempenho do componente de máquinas e equipamentos continua
positivo (0,4%), mas contribuiu com apenas 0,1 ponto porcentual para o
indicador de investimentos. Já o componente de construção teve forte queda de
9,0%, com impacto de -4,6 pontos porcentuais para a taxa trimestral da FBCF.
As
exportações cresceram 3,2% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período
de 2016, puxada pelos produtos da extrativa mineral (19,1%) e bens de consumo
duráveis (35,9%). As importações diminuíram 1,8% no segundo trimestre, com
avanços em bens de consumo não duráveis (12,4%), bens de consumo semiduráveis
(60,2%), bens intermediários (12,5%) e serviços (0,3%), mas uma retração
acentuada em bens de capital (-43,1%).
O
PIB apresentou crescimento de 2,65% em junho ante maio, após ter recuado 5,79%
no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a atividade
econômica encolheu 1,2% em junho, depois dos resultados positivos registrados
nos meses de março e abril.
Em
termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o primeiro semestre alcançou
cerca de R$ 3,21 trilhões em valores correntes. (AE)
Segunda-feira
21 de agosto, 2017 ás 00hs05
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