O
presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse nesta
quinta-feira que o PSDB vai apoiar três principais pontos no debate da reforma
política, discutida atualmente no Congresso Nacional: a criação de cláusula de
barreira, o fim do sistema proporcional já em 2018 e o sistema conhecido de
voto distrital misto. O presidente tucano admitiu, no entanto, que o partido pode
apoiar outro sistema sugerido pelos parlamentares, o distritão. Ele salientou,
no entanto, que tanto o apoio ao distritão quanto ao distrital misto ficarão
condicionados à uma transição para o sistema parlamentarista.
"Nossas posições são a favor da cláusula de
barreira, fim do sistema proporcional para 2018 e a questão do voto distrital
misto. Mas nós vamos levar o distrital misto para chegarmos ao parlamentarismo
para 2022", explicou após reunião ampliada da Executiva Nacional do
PSDB, realizada na sede do partido. Participaram do encontro nomes como os
ministros Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e
Luislinda Valois (Direitos Humanos). Além deles, os senadores José Serra (SP),
Ricardo Ferraço (ES) e Cássio Cunha Lima (PB) também marcaram presença.
Sobre
a posição da legenda em relação ao financiamento de campanha, Tasso defendeu,
mas como posição pessoal, a realização de um plebiscito popular. "Não
existe consenso [no PSDB], isso vai ser discutido. Nós não discutimos isso
aqui. Sou favorável que isso vá para plebiscito. A população vai dizer se o
financiamento será com doação privada, com regras e limites, ou com fundo
público", argumentou. Outro que participou da reunião foi o senador Aécio
Neves (MG), presidente licenciado na sigla. Ele ficou pouco tempo no encontro,
mas, na saída, falou sobre como presidente da legenda.
"Continuarei ao lado do senador Tasso e da
Executiva, contribuindo para que nos apresentemos o mais rapidamente possível
novamente como o partido mais apto a liderar um grande tempo de mudanças
estruturais no País", enfatizou Aécio, antes de minimizar qualquer
possibilidade de os tucanos desembarcarem do governo Michel Temer.
"Essa questão, a meu ver, está superada.
Essa não é a pauta do PSDB hoje. O PSDB se manifestou na Câmara dos Deputados
de forma absolutamente livre. Cada parlamentar ali se posicionou em razão das
suas convicções e obviamente também da sua consciência. E o que nos une hoje é
o compromisso com as reformas. A minha fala inicial foi chamando a unidade do
partido em torno da reforma política, em torno da reforma previdenciária, em
torno da simplificação do sistema tributário", complementou. (AE)
Quinta-feira,
10 de agosto, 2017 ás 08hs00
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