A
futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, divulgou os nomes dos
cinco procuradores que compõem seu grupo de transição. Os procuradores
regionais do Distrito Federal, Raquel Branquinho, Alexandre Caminho, José
Alfredo de Paula Silva, Alexandre Espinosa e Lauro Cardoso são conhecidos pela
experiência em ruidosos casos penais e de improbidade.
Dodge
foi nomeada pelo presidente Michel Temer após ocupar a segunda posição na lista
tríplice eleita pela categoria. Ela, no entanto, não contava com o apoio do
atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Com
antigas ligações na área de processos criminais e a escalação de nomes que já
ocuparam cargos à frente de grandes investigações da Lava Jato, a futura
procuradora-geral deixou claro que não vai dar prioridade apenas ao combate à
corrupção, ela tem divulgado a pretensão de enfatizar questões ligadas a
direitos humanos, comunidades tradicionais e meio ambiente.
Dodge,
que tomará posse no dia 18 de setembro, às 10h30, foi acompanhada por sua
equipe em três reuniões com membros da gestão de Janot na última semana. Os
encontros trataram, principalmente, dos recursos humanos e orçamentários.
A equipe
Branquinho
é procuradora desde 1997 e desde então atuou em casos como Marka/FonteCindam,
em referência a duas instituições financeiras e auxiliou o então
procurador-geral da República, Antonio Fernando, no mensalão.
Também
faziam parte da equipe do Mensalão os procuradores Espinosa e José Alfredo,
outros dois componentes da equipe de Dodge. Mais tarde José Alfredo fez parte
da Operação Zelotes, responsável pela investigação do esquema de fraudes no
Carf, conselho onde contribuintes recorrem de multas da Receita Federal. No
entanto, ambos foram criticados pelo ministro do Supremo Tribuanl Federal (STF)
Gilmar Mendes, que sugeriu o uso político de denúncias e procedimentos no
Ministério Público Federal (MPF) sobre improbidade administrativa.
Camanha
atuou no caso Collor-PC Farias e nas investigações de venda de ambulâncias
superfaturadas, operação que ficou conhecida como “máfia dos sanguessugas”. Já
Cardoso, o quinto nome da equipe, desempenhou funções administrativas como
chefe de Procuradoria no Distrito Federa e secretário-geral da Procuradoria
Geral da República (PGR) durante a gestão de Roberto Gurgel. Ele também foi
secretário-geral no primeiro mandato de Rodrigo Janot.
Quarta-feira
23 de agosto, 2017 ás 00hs05
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