O
sistema antifraude no seguro desemprego bloqueou 52 mil requerimentos em todo o
país, desde dezembro do ano passado. Com isso, o governo já obteve economia
superior a R$ 678 milhões para os cofres públicos. A expectativa é de que,
quando a ferramenta abranger outros tipos de benefícios, como seguro defeso e
abono salarial, a economia chegue a R$ 3 bilhões.
Desenvolvido
pelo Ministério do Trabalho a um custo de R$ 78 milhões, o sistema é uma
plataforma tecnológica criada com o objetivo de ampliar a capacidade de
identificação de requerimentos suspeitos do benefício. Além de justificar o
bloqueio de pagamentos indevidos, a ferramenta possibilita também a
identificação dos culpados desse tipo de desvio de recursos públicos.
De
acordo com o ranking divulgado nesta terça-feira (26) pelo Ministério do
Trabalho, o estado que apresentou maior número de casos suspeitos foi o
Maranhão, que teve 16.427 pedidos bloqueados. Em segundo lugar está São Paulo,
com 9.328 pedidos, seguido do Pará, onde foram bloqueadas 3.363 solicitações.
A
plataforma cruza todas as bases de dados do ministério, em especial a do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com as da Receita Federal
e da Caixa Econômica. Casos que levantem suspeitas de fraudes são comunicados à
Polícia Federal. Por meio dessa ferramenta, é possível analisar 700 mil
requerimentos de seguro desemprego por mês.
Por
meio de nota, o Ministério do Trabalho informa que quem tiver o benefício
bloqueado será comunicado e que, como há casos em que o trabalhador desconhece
que seus dados estão sendo usados por fraudadores, aqueles que tiverem o seguro
bloqueado devem procurar o Ministério do Trabalho, a fim de esclarecer a
situação.
Quarta-feira,
27 de dezembro, 2017 ás 07hs00
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