Nesta
sexta-feira (17/03), a maior operação de combate à corrupção e à lavagem de
dinheiro do país completa três anos. Tudo começou com quatro investigações da
Polícia Federal: Dolce Vita, Bidone, Casablanca e Lava Jato. As três primeiras
são nomes de filmes clássicos, escolhidos de acordo com o perfil de cada
doleiro investigado. A última fazia referência a uma lavanderia e a um posto de
combustíveis em Brasília, que eram usados pelas organizações criminosas. Desde
então, já se foram 38 fases da Operação Lava Jato. Nesse período, os
investigadores apuraram fatos relacionados a empreiteiras, doleiros,
funcionários da Petrobras e políticos.
De
acordo com dados do Ministério Público Federal no Paraná atualizados em
fevereiro, foram 57 acusações criminais contra 260 pessoas, sendo que em 25 já
houve sentença por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, organização
criminosa e tráfico transnacional de drogas. Até agora, a Lava Jato conseguiu
recuperar R$ 10 bilhões aos cofres públicos, entre valores que já foram
devolvidos ou estão em processo de recuperação.
Para
o procurador da República Diogo Castor, que faz parte da força-tarefa, a
operação começou a mudar a ideia de que crimes do colarinho branco ficam
impunes. “A Lava Jato democratizou a Justiça Criminal, demonstrou como deve ser
uma Justiça Criminal eficiente, uma coisa que o brasileiro não está acostumado.
O povo está acostumado ao setor público ineficiente em todas as esferas, desde
o Judiciário, Legislativo, Ministério Público. A Lava Jato é a única coisa que
deu certo no sistema de Justiça Criminal no Brasil”, avalia.
Sexta-feira,
17 de Março de 2017 ás 10hs20
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