O corre-corre no Mercado Livre do
Produtor, conhecido como Pedra, começa cedo. Por volta das 4h30 das segundas e
quintas-feiras, Hérica Ono, de 60 anos, já organiza os produtos expostos para
venda.
Ela é um dos 530 produtores
rurais que dividem o espaço em um dos oito pavilhões da Centrais de
Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), no Trecho 10 do Setor de
Indústria e Abastecimento (SIA).
A Pedra é um dos dois locais que
não exigem licitação para quem quer vender, mas o interessado precisa ser do DF
ou do Entorno. Ele deve ter uma declaração que comprove a sua atividade e
esperar ser chamado.
O documento é emitido pelo órgão
de assistência técnica de sua região — no caso daqui, pela Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Hérica,
por exemplo, tem uma propriedade no Núcleo Rural Vargem Bonita, no Park Way, e
está há 30 anos na Ceasa.
“Comecei a plantar quando cheguei
a Brasília; antes não sabia nem amarrar um coentro. Eu tenho amor pela terra”,
conta a ex-moradora de Goiânia (GO), que chegou à capital federal cerca de três
décadas atrás. Ela aprendeu o ofício com a sogra e comercializa artigos como
alface, nabo e rabanete.
O tempo de Mercado Livre do
Produtor rendeu-lhe uma clientela fiel, suficiente para ela se manter com esse
trabalho. A consumidora Úrsula Sobrinho, de 46 anos, frequenta a banca de
Hérica há mais de 20 anos. Úrsula faz salgados sob encomenda e vai ao local a
cada 15 dias.
Sábado, 29 de abril, 2017 as 10hs30
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