Entrevista
// Ibaneis Rocha (MDB)
O que impediu um acordo para a união dos partidos que estavam
com Jofran Frejat?
A
intransigência daqueles que entendem que a política do Distrito Federal deve
ser cartorial, com verdadeiras receitas de bolo que levam em consideração
somente seus interesses pessoais, sem um projeto claro de renovação. Resumindo,
mais do mesmo. Não aceitam o sentimento da sociedade de que chegou o momento de
renovar, unir a sociedade para salvar o que os políticos tradicionais colocaram
no lixo.
Ainda há chance de união no primeiro turno?
Sempre
estive aberto a conversas. Venho da entidade da sociedade civil que mais
defende o diálogo, a Ordem dos Advogados do Brasil, que tive a honra de
presidir. Mas sinceramente, enquanto não houver interesse em olhar para
Brasília e sim para a permanência na política a qualquer custo, não vejo essa
possibilidade de união.
Paco Britto, do Avante, é seu vice mesmo ou está só guardando
lugar?
Paco é o
vice e vai me ajudar a governar Brasília. Só deixará o cargo se for de seu
interesse. Estou muito satisfeito com a parceria com o Avante.
E os senadores? Paulo Octávio vai participar?
O
Progressistas colocou seu nome à disposição. É um empresário que gera empregos
e renda e se permanecer, dentro dessa nova proposta para Brasília, certamente
será bem-vindo. Temos ainda pelo PPL o candidato João Pedro Ferraz dos Passos,
ex-procurador geral do Trabalho, advogado trabalhista de renome, com passado e
presente de serviços prestados a sociedade.
Quem é o diabo dessa eleição?
Tenho
certeza de que não sou eu.
Como se fazer conhecido a dois meses da eleição?
Fazendo o
que sempre fiz, me comunicando com a sociedade, incentivando a minha rede de
relacionamentos e acreditando no que todas as pesquisas apontam: a população
está cansada de políticos profissionais, quer alguém novo que tenha capacidade
de realização, e eu tenho e já provei.
Nos bastidores já há muitos ataques. Acha que esta será uma
campanha sangrenta?
Da minha
parte será uma campanha propositiva, ouvindo a sociedade e assumindo
compromissos que tenha condições de cumprir. Posso não resolver todos os
problemas dessa cidade, mas vou colocá-la na direção certa, com muito trabalho,
dedicação durante os quatro anos de mandato. Já a dos outros, eu não sei.
Talvez descambem para isso. Rogo a Deus que não. O eleitor não merece.
Vai investir do próprio bolso na sua candidatura e na de
aliados?
Sim, não
pretendo sobrecarregar o contribuinte. Mas acredito muito na força do coletivo.
Pretendo promover todo tipo de arrecadação legal e economizar o máximo
possível. Confio na Justiça e no Ministério Público que estarão atentos aos
gastos exagerados de campanha, mas acredito principalmente na população que já
viu o que deu a política dos favores e da venda de votos. A Ordem dos Advogados
sempre alertou: Voto não tem preço, voto tem consequência.
Quinta-feira,
09 de agosto, 2018 ás 18:00
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