Que
Dilma carecia de qualidades para governar o país, ninguém mais duvida disso.
Nem mesmo seus companheiros de partido. Ela encarregou-se de provar. Lula já
despediu desculpas por tê-la escolhido. Não foi nem será desculpado.
Que
Dilma queira ser senadora, ela tem esse direito. Foi-lhe concedido pelo Senado,
à época sob o comando do ministro Ricardo Lewandowski, quando cassou seu
mandato e, em seguida, rasgou a Constituição para preserva-lhe os direitos
políticos.
Nem
por isso Dilma deveria se permitir dizer barbaridades como a que serviu ontem
aos eleitores de Contagem a pretexto de defender Lula. Em ato de campanha, ela
afirmou que Lula foi preso apenas para não se eleger presidente em outubro
próximo.
Quando
um eleitor gritou “Lula ladrão”, ela respondeu: “Esse pessoal é o pessoal do
ódio, o pessoal da intolerância, o pessoal que quer o Lula preso porque não
conseguem ganhar no voto, tentam ganhar na violência”.
À
parte o português como sempre mal tratado, e quando nada em respeito ao cargo
que ocupou, Dilma deveria sentir-se obrigada a respeitar a inteligência alheia.
Lula está preso e condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Ponto.
Boa
parte dos brasileiros que desejam votar nele sabe disso, mas não liga porque
acha que todos os políticos roubam, mas que pelo menos Lula fez algo por eles.
O que dirá Dilma quando se esgotarem todos os recursos judiciais para libertar
Lula?
Por
ora, ela, Lula e sua turma atacam o juiz Sérgio Moro e os desembargadores de
Porto Alegre que por duas vezes confirmaram a sentença de Moro. Mais tarde
atacarão o Supremo Tribunal Federal cuja maioria de ministros foi indicada por
eles?
Em
telefonema gravado e que se tornou público, Lula já chamou o Supremo de “Corte
acovardada”. Para ele que se diz democrata e respeitador de leis, o Supremo só
deixará de ser uma casa de covardes se o absolver e soltar.
A
lei pode ser para todos, menos para Lula.
(Por
Ricardo Noblat)
Domingo,
26 de agosto, 2018 ás 18:00
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