A
escolha de Raquel Teixeira (PSDB-GO), 71, para disputar a vice de José Eliton
deu um banho de água fria na Convenção do PSDB que ocorreu domingo (5/8), em
Goiânia, no ginásio Goiânia Arena.
Tucanos
tradicionais deram quase como certa a derrota em outubro, já que pela primeira
vez o grupo segue com chapa pura em uma disputa deste nível.
O
deputado federal Thiago Peixoto (PSD), cotado para a vaga, fez questão de abrir
mão. Nenhum outro partido aliado também teve interesse na vaga. Na pré-campanha chegou-se a cogitar
Vanderlan Cardoso (PP) como vice, o que animou o grupo.
Na
ciência política é unânime a condenação de chapas puras, que raramente vencem
eleições, o que ocorre geralmente apenas quando o quadro está definido
pró-grupo político que a instaura, o que não é o caso dos tucanos, em Goiás,
com pouco mais de 10% das intenções de votos.
A
ex-secretária de Educação é uma das mais criticadas da gestão Marconi-José Eliton,
está afastada da produção acadêmica há tempos, não milita nas salas de aula e é
vista como esnobe pela categoria que representa – os professores.
Os
alunos secundaristas não gostam de Raquel, que reprimiu os protestos de 2015, e
não trouxe nenhuma novidade durante sua gestão.
Raquel
é também a responsável pelo fracasso da principal política pública de Marconi
para o setor: a implantação das Organizações Sociais (OS’s). Nos bastidores, é
imputado à política tucana o fato da ideia não ter sido colocada em prática,
como era esperada pela gestão de Perillo.
DENÚNCIA
Em
2011, Raquel chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por
dispensa de licitação, caso em que foi inocentada. No ano passado, o Tribunal
de Contas do Estado de Goiás (TCE) aplicou multa no valor de R$ 6.583,62 a
Raquel Teixeira, por negligência da pasta em regularizar a situação de veículos
oficiais multados.
Em
2005, a deputada goiana foi envolvida indiretamente no escândalo do mensalão,
já que ela teria sido assediada também para participar da bancada que votava em
linha com o então presidente Lula.
Na
época, os deputados Sandro Mabel (então PL-GO) e Raquel Teixeira (PSDB-GO)
foram levados frente à frente no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da
Câmara, já que existiam divergências de informação entre ela e o antigo
deputado federal.
Em
2010, após um mandato irregular, ela optou em não se candidatar novamente ao
cargo de deputada federal.
(Com o site Politikos)
Segunda-feira,
6 de agosto, 2018 ás 11:00
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