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6 de agosto de 2018

Escolha de Raquel Teixeira como vice desanima tucanos de Goiás


A escolha de Raquel Teixeira (PSDB-GO), 71, para disputar a vice de José Eliton deu um banho de água fria na Convenção do PSDB que ocorreu domingo (5/8), em Goiânia, no ginásio Goiânia Arena.

Tucanos tradicionais deram quase como certa a derrota em outubro, já que pela primeira vez o grupo segue com chapa pura em uma disputa deste nível.

O deputado federal Thiago Peixoto (PSD), cotado para a vaga, fez questão de abrir mão. Nenhum outro partido aliado também teve interesse na vaga.   Na pré-campanha chegou-se a cogitar Vanderlan Cardoso (PP) como vice, o que animou o grupo.

Na ciência política é unânime a condenação de chapas puras, que raramente vencem eleições, o que ocorre geralmente apenas quando o quadro está definido pró-grupo político que a instaura, o que não é o caso dos tucanos, em Goiás, com pouco mais de 10% das intenções de votos.

A ex-secretária de Educação é uma das mais criticadas da gestão Marconi-José Eliton, está afastada da produção acadêmica há tempos, não milita nas salas de aula e é vista como esnobe pela categoria que representa – os professores.

Os alunos secundaristas não gostam de Raquel, que reprimiu os protestos de 2015, e não trouxe nenhuma novidade durante sua gestão.

Raquel é também a responsável pelo fracasso da principal política pública de Marconi para o setor: a implantação das Organizações Sociais (OS’s). Nos bastidores, é imputado à política tucana o fato da ideia não ter sido colocada em prática, como era esperada pela gestão de Perillo.

DENÚNCIA

Em 2011, Raquel chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por dispensa de licitação, caso em que foi inocentada. No ano passado, o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE) aplicou multa no valor de R$ 6.583,62 a Raquel Teixeira, por negligência da pasta em regularizar a situação de veículos oficiais multados.

Em 2005, a deputada goiana foi envolvida indiretamente no escândalo do mensalão, já que ela teria sido assediada também para participar da bancada que votava em linha com o então presidente Lula.

Na época, os deputados Sandro Mabel (então PL-GO) e Raquel Teixeira (PSDB-GO) foram levados frente à frente no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, já que existiam divergências de informação entre ela e o antigo deputado federal.

Em 2010, após um mandato irregular, ela optou em não se candidatar novamente ao cargo de deputada federal.

(Com o site Politikos)


Segunda-feira, 6 de agosto, 2018 ás 11:00

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