Apadrinhado
pelo presidente Michel Temer, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles é
oficializado nesta quinta-feira, 2, candidato à Presidência da República na
convenção nacional do MDB, preveem caciques do partido, embora sua candidatura
não seja unanimidade na legenda, e ele tente se associar à imagem do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato.
Henrique Meireles- Candidato MDB |
Apoiadores
de Meirelles contam ter a maioria absoluta dos 598 votos na convenção. Sem
alianças e estagnado com 1% das intenções de voto, o ex-ministro será
oficializado sem a definição do nome para vice – o ex-ministro estava em busca
de uma mulher para o posto. Assim, a convenção delegará a escolha para a
Executiva Nacional. Depois de 24 anos sem ter um cabeça de chapa na disputa, o
MDB pode ter um vice do próprio partido na eleição presidencial.
O
senador Romero Jucá (RR), presidente nacional do partido, afirmou ontem que
ainda existem esforços finais para atrair a Meirelles siglas nanicas, mas
descartou chances de ceder vaga na chapa. “Tem conversas, mas não para indicar
vice”, disse Jucá.
O
ex-ministro se apresentará como homem de sucesso no setor privado e responsável
por políticas econômicas nos governos Temer e Lula, em busca do espólio
eleitoral do petista. Ele divulgou nas redes sociais um vídeo no qual o petista
o elogia. “Sou um homem que tenho muito respeito pelo Meirelles e devo a esse
companheiro a estabilidade econômica e o respeito que o Brasil tem hoje no
mundo”, afirma Lula na gravação.
Temer
Embora
Temer vá aparecer nesta quinta-feira ao lado do ex-ministro, toda a campanha
está sendo montada para que ele fique distante do palanque. Pesquisas
eleitorais indicam que a alta impopularidade do presidente (82% de reprovação)
contamina não apenas a candidatura de Meirelles como quem dele se aproximar.
Nas últimas semanas, Meirelles e a ala política do Planalto repetiram que a
candidatura tem como pilar o histórico do ex-ministro e suas ações na Fazenda,
uma tentativa de descolar o candidato da imagem de Temer.
O
ex-ministro vai se apresentar aos correligionários como um gestor de resultados,
um homem capaz de promover a “transformação” do País. Em uma convenção com ares
de superprodução, Meirelles chegará ao lado de Temer e ocupará um palco que
lembra uma arena. Ele dirá que não se omitiu quando foi chamado para enfrentar
a crise econômica tanto no governo Temer como nos dois mandatos de Lula, época
em que comandou o Banco Central.
Extremos
Com
a estratégia apoiada no slogan “Chama o Meirelles”, o ex-comandante da economia
dará uma estocada nos adversários, a quem classifica ironicamente como
“salvadores da pátria”. Em seu discurso, Meirelles atacará os “extremos”,
repetindo o bordão contido na Carta Aberta à Nação divulgada pelo MDB.
A
cúpula do MDB entende que a candidatura será benéfica para o partido, mesmo que
hoje o cenário mostre poucas chances de vitória. “O que está em jogo nessa
eleição não é o resultado eleitoral, é a postura política de partidos que terão
que se recolocar. Estamos recolocando o MDB no lugar certo”, disse Jucá.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quinta-feira,
2 de agosto, 2018 ás 8:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário