Por
6 votos a 1 os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negaram na
terça-feira (28/8) um pedido da defesa de Lula (PT) para que as redes de
televisão façam a cobertura diária de seus atos de campanha à Presidência da
República.
O
petista está preso em Curitiba desde abril e, por isso, não faz atos de
campanha.
O
pedido para as TVs fazerem a cobertura diária de campanha já havia sido negado
pelo ministro Sergio Banhos, relator do caso.
Durante
o julgamento, ele destacou que a lei não garante tratamento isonômico dos
veículos de imprensa a todos os candidatos, mas sim, que cabe às empresas
decidir o que é interesse jornalístico.
Banhos
ressaltou que os riscos foram assumidos pelo próprio PT ao lançar Lula
candidato nas atuais condições. “Ele não tem agenda para ser divulgada”,
afirmou.
Os
ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Jorge Mussi, Tarcísio Vieira e
Rosa Weber tiveram entendimentos semelhantes aos de Banhos.
Eles
divergiram em alguns pontos, mas, basicamente, concordaram que Lula não tem
agenda de campanha que deve ser acompanhada pela imprensa.
Também
destacaram que cabe aos veículos de comunicação decidir o que é notícia e que o
Judiciário não deve interferir na liberdade de imprensa, desde que não haja
tratamento privilegiado.
Já
o ministro Napoleão Nunes Maia divergiu dos colegas. Para ele, que participa de
sua última sessão no TSE, a mídia está segregando o petista.
Em
15 de agosto o PT pediu o registro da candidatura de Lula à Presidência. O caso
deve ser analisado pelo TSE na próxima semana. Nos bastidores do tribunal, a
expectativa é que o pedido seja indeferido porque o petista foi condenado em
segunda instância -condição barrada pela Lei da Ficha Limpa. (DP)
Quarta-feira,
29de agosto, 2018 ás 07:00
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