A
Justiça Federal em Brasília aceitou quinta-feira (28/6) denúncia apresentada
pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o empresário Joesley Batista, um
dos donos da empresa e do Grupo J&F, e o ex-procurador da República
Marcello Miller pelo crime de corrupção.
Com
a decisão, também passaram à condição de réus Francisco de Assis e Silva,
ex-executivo do grupo e um dos delatores, e a advogada Ester Flesch, uma das
sócias do escritório de advocacia que contratou Miller.
De
acordo com a denúncia, na gestão do então procurador-geral da República Rodrigo
Janot, Marcello Miller atuou em favor da J&F durante o processo de
assinatura do acordo de delação. Segundo a acusação, documentos trocados entre
Miller e integrantes do escritório de advocacia que o contratou comprovariam o
“jogo duplo” no caso.
Segundo
o MPF, Miller aceitou promessa de receber vantagem indevida no valor de R$ 700
mil para orientar os administradores da J&F a celebrar o acordo de
confidencialidade, que depois resultou no acordo de colaboração premiada.
Após
o envio da denúncia, em nota, a defesa de Joesley Batista negou que tenha
oferecido vantagens ao ex-procurador.
Também
por meio de nota, a defesa de Marcello Miller alega que a denúncia não
especifica qual vantagem financeira teria sido recebida pelo procurador da
República e que a única oferta recebida foi a de emprego, que foi recusada.
A
defesa de Francisco de Assis, por sua vez reafirmou que a J&F contratou o
escritório Trench, Rossi e Watanabe – banca até então referência em integridade
– para assessorá-la no acordo de leniência. Por isso, alega que não tinha
motivos, portanto, para suspeitar de qualquer irregularidade na atuação de
Marcelo Miller, sócio do escritório. (ABr)
Terça-feira,
26 de junho, 2018 ás 19:00
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