A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou
nesta terça-feira, 22, que o excesso de burocracia estatal é um facilitador da
corrupção.
"Quando
há excesso de burocracia, haverá mais instâncias, gavetas para que se guardem
os pedidos e pleitos. Muitas vielas por onde podem passar os comportamentos
públicos", disse a ministra. A presidente da Corte Suprema também listou a
falta de transparência e de abertura do poder público como fatores que
impulsionam práticas criminosas no Estado. "Quanto maior a transparência,
menores as chances de corrupção. A sombra é uma facilitadora desta
prática", disse a ministra, acentuando a necessidade de os gastos e
funções públicas serem informados.
Durante
seminário sobre ética e corrupção, no Instituto de Relações Internacionais da
Universidade de Brasília, a ministra também defendeu uma legislação repressiva
e dura para que "as pessoas tenham medo de praticar a corrupção".
"É
preciso adotar formas de prevenção a corrupção sistematicamente. Corrupção nem
sempre passa recibo. Digo nem sempre porque agora tem-se muitas demonstrações
de atos espúrios que precisamos combater", disse a ministra. "O
princípio da moralidade exige estruturas combativas, preventivas e de
repressão. A corrupção é um crime de razão, premedita-se, quer-se, programa-se,
e aí se tem a corrupção. Prática tem que ser devidamente punida", afirmou
Cármen.
Terça-feira,
22 de maio, 2018 ás 18:00
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