A
seis meses das eleições e a três meses e meio para o registro das candidaturas
(o prazo termina em 15 de agosto), o cenário para a disputa ao Palácio do
Buriti começa lentamente a clarear. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) fala
abertamente sobre a reeleição, e os adversários estão sendo definidos. Jofran
Frejat (PR) consolidou-se como candidato de um grupo que deverá contar com o
apoio do MDB, PP e DEM.
A
ex-deputada Eliana Pedrosa (Pros) trabalha uma aliança com o clã Roriz nestas
eleições, tendo a seu lado a mulher do ex-governador, Weslian Roriz, as filhas,
Jaqueline e Liliane, e o neto Joaquim Domingos Neto. Mas, apesar do apoio da
família de Roriz, antigos aliados do ex-governador não estarão com Eliana.
Nessa lista, estão cabos eleitorais, líderes comunitários e integrantes dos
quatro governos que preferem Frejat. Mas dona Weslian Roriz tem muito peso como
porta-voz da família. Isso deve gerar uma confusão na cabeça do eleitor.
Em
outra frente dessas eleições, disputam a cabeça de chapa o deputado Izalci
Lucas (PSDB) e o ex-distrital Alírio Neto (PTB). Essa chapa pode rachar. Uma
pesquisa vai definir quem está em melhores condições. Mas essa análise é subjetiva
e nenhum dos dois abre mão de concorrer ao GDF.
Como
uma aposta do Partido Novo, há o empresário Alexandre Guerra, herdeiro do grupo
Giraffas, até agora numa chapa puro sangue destas eleições. Na esquerda, o PSol
tem a enfermeira Maria de Fátima Sousa, ex-presidente da Faculdade de Ciências
da Saúde da UnB, como representante da briga pela sucessão de Rollemberg.
Já
o PDT insiste em lançar candidato ao Palácio do Buriti, mas o presidente da
Câmara Legislativa, Joe Valle, maior expoente do partido, não quer. Garante
que, se não integrar a chapa de Jofran Frejat, deverá se retirar da política.
Por isso, o presidente da legenda, Georges Michel, estuda um plano B para a
disputa ao GDF.
Vice ideal: um desafio nestas eleições
No
grupo de Rollemberg, não há vice definido. Os aliados apostam que o governador
procura um substituto ou substituta no estilo Marco Maciel, o número dois de
Fernando Henrique Cardoso: discreto, leal, de um partido político que agregue
na campanha e com habilidade política para ajudar a governar. Difícil será
encontrar alguém assim.
Na
chapa de Jofran Frejat (PR), também há discussões quentes sobre quem será o
vice. Até o momento, a única certeza é de que a escolha passa por uma indicação
de Tadeu Filippelli (MDB), aliado de primeira hora de Frejat. Mas deverá ser
alguém aprovado pelo candidato a governador. Por isso, muita negociação ainda
deve ocorrer.
Por:
Ana Maria Campos
Quinta-feira,
03 de maio, 2018 ás 00:05
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