A
investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) na
Operação Mamon que apontou, em novembro, um esquema de corrupção no
Departamento de Logística e Finanças da Polícia Militar do DF tem lances
impressionantes. Durante meses, numa ação controlada autorizada pela Auditoria
Militar do DF, houve gravações de encontros de supostos intermediários do
coronel Francisco Feitosa, que era responsável pela área de Finanças, com o
dono de uma empresa de manutenção de viaturas. Segundo o MP, ele pagava propina
para que suas faturas fossem liberadas.
Cansado de achaque
O
empresário, que se disse cansado de ser achacado, procurou a Promotoria Militar
do DF para denunciar a extorsão. Disse que era pagar ao esquema ou não receber
pelo serviço prestado. A partir do depoimento, os encontros passaram a ser
monitorados. A Corregedoria da PM e os promotores do Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) atuaram na investigação.
Nas
denúncias ajuizadas pelo MPDFT, há registros de que os pagamentos pelos serviços
prestados eram liberados logo depois que o suborno era entregue. Teve até
cheque. Feitosa nega as acusações. No processo, alega que, se houve algo
irregular, seu nome foi usado indevidamente. Um dos interlocutores do
empresário, Rogério Amador, é cunhado do oficial e está preso preventivamente
desde a deflagração da Operação Mamon.
Suspenso processo contra
coronel até depoimento de outros réus
A
Auditoria Militar do DF que julga a denúncia por concussão contra o coronel da
Polícia Militar Francisco Eronildo Feitosa, suspendeu a tramitação do processo
até que os outros réus sejam ouvidos em juízo. Cunhado do oficial que exercia o
cargo de chefe do Departamento de Logística e Finanças, Rogério Gomes Amador e
um outro envolvido no caso, Clayton Gonçalves Esperandio, respondem também pelo
episódio, como os intermediários do suborno, mas perante uma vara criminal
comum.
(Correio
Brasiliense)
Terça-feira,
03 de julho, 2018 ás 13:00
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