Após
meses de idas e vindas, o grupo de centro-direita coordenado pelo senador
Cristovam Buarque (PPS), anunciou, nesta quinta-feira (19/07), a formação de
parte da chapa que testará as urnas em outubro. O grupo lançou o nome do
deputado federal Rogério Rosso (PSD) ao GDF e confirmou Cristovam como
postulante à reeleição. A vaga remanescente do Senado e a vice-governadoria
permanecem em aberto.
Para
chegar à decisão, foram três dias seguidos de intensa negociação. O principal
imbróglio girou em torno da escolha entre Rosso e o deputado federal Izalci
Lucas (PSDB) para a cabeça de chapa. Apesar de a maioria do grupo político
defender o nome do pessedista, por acreditar que ele tem mais chances de
agregar alianças e crescer durante a campanha, o tucano insistiu em se manter
na disputa.
Para
tornar o processo mais democrático, as lideranças promoveram uma votação oral.
Todos os partidos presentes escolheram Rosso como pré-candidato, à exceção do
PSDB. Izalci deixou o encontro contrariado e ameaçou concorrer sozinho ao
Palácio do Buriti. “Ainda assim, mantivemos o espaço de vice desocupado.
Acreditamos que, após conversas com os dirigentes nacionais do partido, ele
decida permanecer conosco”, ponderou Cristovam.
O
tucano havia sido lançado em maio ao GDF pelo grupo formado por PSDB, PSD, PPS,
PRB e PSC. Entretanto, o desgaste dele junto a correligionários esvaziou o
suporte da coalizão. Além disso, PSDB e PSD fecharam acordo nacional que previa
a garantia da vaga do GDF a Rosso.
Caso
Izalci Lucas, de fato, abra mão de ser o número dois da chapa, a vaga deve
ficar com o pastor da Assembleia de Deus Egmar Tavares, irmão e correligionário
do presidente regional do PRB, Wanderley Tavares.
Antes
da definição desta quinta-feira, a frente de Cristovam chegou a colocar a vaga
do Executivo local à disposição do ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR). O
médico retirou a pré-candidatura ao GDF na última terça-feira, devido a
intransigências em seu grupo político, formado por MDB, DEM, PP, PHS e Avante.
O ex-deputado federal, entretanto, negou o convite. Com carta branca do PR, ele
avalia retornar à corrida eleitoral na mesma chapa.
Reflexão
Apesar
da decisão da coligação, Rosso não confirmou que será candidato ao Executivo
local. Em nota publicada logo após a reunião, o deputado federal alegou que
ainda precisa refletir. “Vou utilizar as próximas horas para consultar minha
família, meus apoiadores, meus amigos e o presidente nacional do meu Partido,
ministro Gilberto Kassab, para decidir sobre meu posicionamento final”,
ponderou.
O
pessedista acrescentou que tentou, ao máximo, manter a união entre as siglas
envolvidas na negociação. “Tenho procurado manter a unidade do nosso grupo e
dialogado à exaustão para que sempre prevaleça o entendimento e a harmonia
entre os partidos de nossa aliança, mantendo inclusive o diálogo com outras
coligações no campo da oposição ao atual governo de Brasília”, completou.
(Correio Brasiliense)
Sexta-feira,
20 de julho, 2018 ás 11:00
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